Estamos em crise. Diversos setores da economia reclamam. A instabilidade financeira e as incertezas para o futuro contribuem.
E o mercado imobiliário? Como ele se comporta na crise?
Está mais difícil lançar. Está mais difícil vender. Mas, ainda bem, ainda temos clientes que querem comprar.
A pergunta que fica é uma só: será que estamos preparados para vender para esse cliente?
A combinação de incertezas em relação à macroeconomia, desaquecimento da demanda por imóveis e estoques elevados leva as incorporadoras a buscarem mais assertividade nos lançamentos.
Pessoas continuam casando. Pessoas continuam separando. Ainda temos demanda. Mas a oferta está grande. Os estoques das principais incorporadoras estão altos, e o cliente está ciente disso. Por isso quer barganhar. Sabe que agora mais do que nunca tem esse poder.
A tomada de decisão pelos consumidores de compra de imóveis está mais lenta, o desemprego aumenta, as taxas de juros sobem e a parcela financiada diminui. A crise afeta, principalmente, não quem foi demitido, mas os que continuam nos empregos e ficam com medo de tomar a decisão de compra.
Dois segmentos vão na contramão do mercado. O econômico, se aproveitando da forte demanda do segmento. E o segmento de loteamentos e condomínios horizontais, a seu favor, tem o fato de não depender do financiamento bancário. Isso o faz sentir menos os efeitos da desaceleração econômica em relação ao mercado de incorporação.
Paciência. Essa é a palavra de ordem. O cliente não está com pressa. A decisão da compra, antes muito movida pelo emocional, esta cada vez mais racional.